Se depender da relatora, vai ficar assim. “Para aumentar dois reais precisaríamos de um bilhão de reais, então ele está mantido pelo menos até esse momento em 540", declara Serys Slhessarenko, relatora do orçamento 2011 PT-MT.
A previsão de investimentos é de 171 bilhões de reais. A maior parte dos recursos vai para as estatais, principalmente a Petrobrás. A relatora também reservou para o Bolsa Família um bilhão de reais a mais, caso haja o aumento de receita previsto pelos parlamentares, estimado em 22 bilhões de reais.
O governo não vê essa folga. A proposta encaminhada ao Congresso prevê cortes de três bilhões de reais, já que a estimativa de receitas foi reduzida. A relatora concordou. “Chegou a solicitação do corte por escrito de forma oficial, assinado pelo senhor ministro e nós acatamos e não questionamos por que foi reduzido".
Mas também tem cortes. A área de Ciência e Tecnologia foi a que mais perdeu: 600 milhões, seguida da Educação: 500 milhões. O corte total de três bilhões no orçamento proposto pelo governo foi mantido. O recente aumento salarial dos parlamentares também foi contemplado no orçamento do próximo ano e os gastos com pessoal deve chegar próximo dos 200 bilhões de reais, acima dos 166 bilhões deste ano.
Nesta terça-feira o relatório de Serys Slhessarenko deve ser votado na comissão mista. A votação no Plenário do Congresso está prevista para quarta-feira, que é o último dia de trabalho dos deputados e senadores antes das férias. Se o orçamento não for votado até lá, o governo vai ter que começar o ano gastando o mínimo previsto em lei.
“O governo fica sem o seu orçamento até fevereiro, quando possivelmente se colocaria uma nova comissão mista de orçamento", afirma Waldemir Moka, presidente da Comissão Mista PMDB-MS.
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